A solidariedade
dos catarinenses

A solidariedade dos catarinenses

Carlos Moisés da Silva, governador de Santa Catarina

Desde o início do enfrentamento à pandemia, nossa prioridade foi preservar a vida dos catarinenses. Acompanhamos a evolução da doença antes mesmo que chegasse em Santa Catarina e, assim, agimos de forma efetiva quando muitos nem sequer tinham entendido a gravidade da situação. Nos pautamos pela ciência, pelas pesquisas e pelas experiências compartilhadas por outros países, por isso, sabíamos que o isolamento precoce era fundamental para o controle da doença, para ampliar a capacidade de atendimento da rede hospitalar e, ainda, para garantir uma retomada mais rápida das atividades econômicas.

A sociedade catarinense entendeu e foi determinante na construção desse quadro que hoje estamos vivendo. Quando nos unimos em torno do mesmo objetivo conseguimos retardar a curva de contágio. Isso nos permitiu ampliar em 127% o número de leitos de UTI para atender nossos pacientes. Além dos quase 200 mil recuperados, em Santa Catarina nenhum cidadão deixou de ser atendido por falta de estrutura hospitalar, equipamentos e medicamentos. Temos a menor taxa de letalidade do país, menor até que a de muitos países desenvolvidos.

A sociedade catarinense entendeu e foi determinante na construção desse quadro que hoje estamos vivendo"
A sociedade catarinense entendeu e foi determinante na construção desse quadro que hoje estamos vivendo"
Agimos com rapidez e cautela em relação à economia. Quando suspendemos com rigor as atividades, no mês de março, quase que em paralelo desenvolvemos em parceria com a cadeia produtiva um plano de retomada gradual, e criamos mecanismos de apoio aos nossos empreendedores. Setores bastante atingidos no início da pandemia já apresentavam reação em poucos meses, como é o caso do comércio e do setor de serviços. O número de novas empresas em 2020 supera o resultado do ano anterior, tivemos recorde na geração de empregos no mês de julho e alcançamos a menor taxa de desocupação do Brasil.

Apesar de todos os esforços, muitos perderam suas vidas para a Covid-19 em território catarinense. Depois de seis meses enfrentando a maior crise sanitária da história recente do mundo, essa é a única condição que, infelizmente, não podemos reverter. Apesar de todas as dificuldades, privações e incertezas que estamos vivendo, é preciso respeitar a dor e o sofrimento de tantas famílias que choram por aqueles que não estão mais aqui.

Mesmo diante do ineditismo que representa a pandemia do coronavírus, trilhamos um caminho sólido, longe dos achismos e das críticas oportunistas. Um caminho que passa pelo trabalho de cada agente de Saúde que se expôs aos riscos para salvar pessoas, de cada agente da Educação que trabalhou para que 97% dos nossos jovens da rede pública de ensino mantivessem suas atividades escolares, dos nossos agentes da Segurança que zelaram pela ordem e pelo cumprimento das medidas protetivas, enfim, de todos esses valentes anônimos que abraçaram o propósito de ajudar.

Que essa solidariedade seja a principal lição para todos nós, depois que tudo isso passar. E já está passando.